segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Refúgio
Basta um olhar ao redor para que eu me sinta mal. Aliás, mesmo sem sequer olhar, sentir o que há ao meu redor já me deixa triste. Os conflitos, as mentiras, as futilidades, os sofrimentos, as decepções... tudo isso, junto, é tão comum... é como se nós estivéssemos doentes, como se a sociedade estivesse doente, fatalmente infectada, irremediavelmente destinada à morte. Mas é diferente quando fecho os olhos. Eu consigo te ver-ou melhor, eu e você, juntos-descansando ao pôr-do-sol, sorrindo, satisfeitos, com uma sensação de dever cumprido, de ideal realizado... consigo sentir tudo tão melhor, tudo tão mais bonito, todos tão unidos, tão felizes, tão saudáveis... eu não faço ideia de como fazer isso acontecer, nem se isso pode acontecer, e provavelmente não irá, mas eu sei que sempre vou poder fechar meus olhos e imaginar esse mundo quase paradisíaco, essa utopia, esse sonho... e você sempre irá estar lá, porque é para os seus braços que eu corro quando preciso de apoio, é sua voz que eu anseio quando preciso de carinho, é de você que eu sinto falta quando estou sozinho, é em você que eu penso quando me falam de amor...
sábado, 23 de novembro de 2013
Só nosso
Há alguns ingênuos que pensam que o amor é um lindo laço de igualdade entre 2 pombinhos, que os enamorados estão equilibrados na relação, que o desejo físico é uma consequência do sentimento ou que a melhor descrição dele é um casal de costas, de mãos dadas, olhando a lagoa ao pôr-do-sol, a cabeça dela inclinada sobre o ombro dele, a dele, sobre a dela. Mera ilusão. Aliás, talvez nem seja ilusão, talvez para os outros seja assim, mas para nós não, e você sabe disso. Nosso amor é como uma guerra violenta, uma disputa manchada de sangue e esperma, um vulcão em erupção cuja lava é nossa libido, uma luta cuja regra é conquistar sem ser conquistado, um jogo de olhares e acenos, de sugestões e seduções, de satisfação e dominação. O que há entre nós é sombrio e úmido, pérfido e desconhecido, tentador e inaceitável. Muito melhor que todos os romances água-com-açúcar ou namorinhos sem sal, nosso amor é prazer, sensação, alívio, desejo, perigo, suor e descaso-é nosso tipo de amor.
domingo, 17 de novembro de 2013
Eu e os outros
Se neste mundo há mães e mãos, então há paixões e paixãos
O apaixonado vibra e chora ao seu amor
O apãxanado grita e fere e faz maus tratos
O apaixonado tenta reconquistar diariamente a pessoa querida
O apãxanado se satisfaz em tê-la uma vez conquistado
O apaixonado mal sabe se expressar em palavras faladas
O apãxanado só se comunica quando necessário
O apaixonado sonha com seu amor e acorda sorrindo
O apãxanado preferiria dormir sem ter sonhado
O apaixonado quer o fogo do desejo e a brisa do carinho
O apãxanado quer alguém para beber e para não dormir sem ter fornicado
O apaixonado, por você, sou eu
O apãxanado é qualquer outro apaixonado
O apaixonado vibra e chora ao seu amor
O apãxanado grita e fere e faz maus tratos
O apaixonado tenta reconquistar diariamente a pessoa querida
O apãxanado se satisfaz em tê-la uma vez conquistado
O apaixonado mal sabe se expressar em palavras faladas
O apãxanado só se comunica quando necessário
O apaixonado sonha com seu amor e acorda sorrindo
O apãxanado preferiria dormir sem ter sonhado
O apaixonado quer o fogo do desejo e a brisa do carinho
O apãxanado quer alguém para beber e para não dormir sem ter fornicado
O apaixonado, por você, sou eu
O apãxanado é qualquer outro apaixonado
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Dor
Sabe, hoje me sentei sobre as estrelas, olhei para a lua e chorei. Não porque meu corpo doía, mas porque meu coração sangrava. Chorei porque dói te ver todos os dias e não poder dizer que te amo. Dói olhar nos teus lindos olhos e não poder acariciar teu rosto, dói observar teu sorriso e não poder tocar teus lábios com os meus.
O que posso eu fazer para te esquecer, me diz! Que loucura devo eu fazer para arrancar este amor ainda mais louco de dentro de mim, amor que me faz sofrer de devaneios contigo todas as noites antes de dormir? O que devo fazer para te tirar da minha cabeça?
Às vezes me perco nas coisas do dia-a-dia e esqueço-te, mas basta um minuto de solidão para que eu lembre o calor do teu abraço ou o brilho do teu olhar. E é nesse desespero que eu vivo, tentando encontrar refúgio nas obrigações e na rotina para não me perder na imensidão dessa paixão...
O que posso eu fazer para te esquecer, me diz! Que loucura devo eu fazer para arrancar este amor ainda mais louco de dentro de mim, amor que me faz sofrer de devaneios contigo todas as noites antes de dormir? O que devo fazer para te tirar da minha cabeça?
Às vezes me perco nas coisas do dia-a-dia e esqueço-te, mas basta um minuto de solidão para que eu lembre o calor do teu abraço ou o brilho do teu olhar. E é nesse desespero que eu vivo, tentando encontrar refúgio nas obrigações e na rotina para não me perder na imensidão dessa paixão...
Desejo
...É noite. O momento em que mais sinto sua falta. Não é por sentimentos... A verdade é que me tornei imune à eles. Todas as vezes em que ousei entregar meu coração, só recebi tristeza. Serei honesto: quero teu corpo, quero te usar. Quero deslizar minhas mãos por teu corpo e morder, de leve, teus lábios; Me tornar um só, contigo. Quero sentir o perfume do teu corpo, o prazer da carne... Quero ouvir teus gemidos de prazer. Quero desvendar teus segredos como nenhum homem jamais fez antes, desnudar teu sexo, saborear tua boca, sentir tuas formas... Sem sentimentalismos, sem culpa, sem medo, sem mágoa... Te quero.
Amor
Existirá nesse mundo alguma forma realmente exata de descrever o amor? Não aquele amo de novela-estereotipado e morto, utópico e sem graça. Falo do amor-real, do sentimento vivo, da imagem onipresente da pessoa amada em nossas mentes. Falo daquela ânsia que passa pelo peito se já não vemos a pessoa amada há algum tempo-e também daquela sensação de prazer e alívio que surge quando finalmente a reencontramos. Falo das noites em branco imaginando encontros, beijos e abraços, conversas e carinhos. Falo daquela sensação inestimável de estar junto com esse ser que desperta em nós as mais profundas sensações.
O amor-real é ardente, e não nos deixa em paz; Insiste em nos fazer lembrar quando tentamos esquecer, em nos interromper quando tentamos nos concentrar, em nos fazer sonhar quando tentamos viver. Mas o amor é vida! É viver intensamente as loucuras da paixão, apostar sem garantia de retorno a correspondência de sentimentos, entregar ao outro as chaves do coração.
Talvez ninguém nunca consiga explicar perfeitamente o amor, mas isso não importa, pois o amor está dentro de cada um de nós, apenas aguardando ansiosamente a vinda da pessoa que o despertará.
O amor-real é ardente, e não nos deixa em paz; Insiste em nos fazer lembrar quando tentamos esquecer, em nos interromper quando tentamos nos concentrar, em nos fazer sonhar quando tentamos viver. Mas o amor é vida! É viver intensamente as loucuras da paixão, apostar sem garantia de retorno a correspondência de sentimentos, entregar ao outro as chaves do coração.
Talvez ninguém nunca consiga explicar perfeitamente o amor, mas isso não importa, pois o amor está dentro de cada um de nós, apenas aguardando ansiosamente a vinda da pessoa que o despertará.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Declaração
Gastei uma hora pensando um verso
Que não queria sair no papel
Um verso que elogiasse teus olhos
Ou, de teus lábios, o doce mel
Gastei uma hora pensando um verso
Que te dissesse o que minha boca não diz
Que te beijasse, como num sonho,
Um verso que te deixasse feliz
Gastei uma hora pensando um verso
Que pudesse transmitir o que eu sinto
Um verso que, apaixonado,
Mostrasse que não quero ser só teu amigo
Mas como eu não sou bom com versos
Te entrego estes, com algum rubor
E espero que você perceba, quando terminar de lê-lo,
Que o sentimento que o inspirou foi amor
Que não queria sair no papel
Um verso que elogiasse teus olhos
Ou, de teus lábios, o doce mel
Gastei uma hora pensando um verso
Que te dissesse o que minha boca não diz
Que te beijasse, como num sonho,
Um verso que te deixasse feliz
Gastei uma hora pensando um verso
Que pudesse transmitir o que eu sinto
Um verso que, apaixonado,
Mostrasse que não quero ser só teu amigo
Mas como eu não sou bom com versos
Te entrego estes, com algum rubor
E espero que você perceba, quando terminar de lê-lo,
Que o sentimento que o inspirou foi amor
(Des)Identidade
Entre selvas de pedra e palavras amargas
Procrastinações e discursos para a massa
Minha alma se perdeu
Já não há muito daquele que sonhava
Que sorria e se deliciava
Com a ideia de um mundo perfeito
Já não há muito daquele que se revoltava, irado,
Com a injustiça e o sofrimento programados
Com a pobreza e o sofrimento alheios
Agora sou um espírito sem finalidade
Um apático que observa estático o fluir do mundo
Eu sou eu próprio sem meu próprio eu
Procrastinações e discursos para a massa
Minha alma se perdeu
Já não há muito daquele que sonhava
Que sorria e se deliciava
Com a ideia de um mundo perfeito
Já não há muito daquele que se revoltava, irado,
Com a injustiça e o sofrimento programados
Com a pobreza e o sofrimento alheios
Agora sou um espírito sem finalidade
Um apático que observa estático o fluir do mundo
Eu sou eu próprio sem meu próprio eu
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